Vagem com as suas duas fendas longitudinais
Abre-se em duas margens
Convida a parte mais intima,
possuir os sentidos do corpo,
a lançar em voz alta
o calor do prazer aguçado na carne,
a mais perfeita incisão ritmada
Deleita-se na luxúria dos olhares,
no movimento profundo do toque,
na inclinação de um sexo pelo outro,
no vício dominador de um propósito
lançado no vaso dela
as sementes, os grãos, o fruto
próprio para a reprodução
É carne , é sangue , é o calor
que irradia, deixando erecto
a percepção visual do amor
É em si a explosão de cor,
combinações de dois frutos
exprimidos pelo acto do prazer,
do sexo, do delírio… de um orgasmo
:)
Jade
Autor da fotografia: KAZUO OKUBO
3 comentários:
mmm... Jade, escolhes tão bem as imagens como as palavras :-) Senti um arrepio invadir-me ao ler o teu poema. Recordei o calor húmido da vagem que se abre recebendo-me, apertando-me e acariciando-me. Recordei a suavidade dos lábios que tocam nos meus. Imaginei o amplexo do prazer... irrepetível... sempre diferente...
Um beijo
Estimulante...
Abraços.
Perfeita descrição... Muito bom!
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